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quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Virtudes e a água benta


Já pensou em suas virtudes? Quando era solteira, eu me achava sem muitas virtudes. Antes de casar, li um livro que falava sobre a mulher de provérbio 31. Normalmente se acha meio impossível ser virtuosa, ser diferente das demais, fazer com que seu marido veja REAL diferença em você. Com certeza ele já acha muitas qualidades que você não vê e por isso se casou, mas... porque será que a gente tem dificuldades de ver e ser virtuosa.

As qualidades que temos mudam depois que a gente casa. Porque como somos mulheres o papel se inverte. Antes quem manda é a mãe, é ela quem nos ajuda a organizar os eixos do lar. Agora, é como se fosse: toma que o filho é teu! Quem coordena o lar somos nós. Mulheres.

Algumas como eu sem nenhuma experiência real da vida a dois, das rotinas, dos problemas. Uma coisa é certa, somos seres adaptáveis. E me adaptei. Claro que muitas vezes me pego totalmente desvirtuada, desiquilibrada. É difícil ser virtuosa, muito difícil.

Mas uma coisa que nunca vou me esquecer é de uma palavra que eu ouvi uma vez...

Água benta, conhece? Pois é, quando se vê no desespero e que vai falar coisas totalmente desnecessárias (isso acontece muito, no calor do momento) o jeito é apelar pra ela. Como, você me pergunta. Facin uai. Vai até a cozinha, pega um copo de água e enche a boca. Fica segurando até a vontade de falar abobrinhas passar. Depois você pode cuspir.

Melhor coisa é deixar pra conversar quando se está calma. Melhor coisa é racionalizar. Estou aprendendo mais esta virtude.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Mulher chata

Depois que a gente casa, fica meio chata. Pelo menos em algumas coisas.

E como é que conseguimos ficar tão parecidas com nossas mães? Dojeito de arrumar a casa, ou de sempre querer que a louça esteja limpa, de não gostar de nada jogado no meio da sala. Chata, sim! Mas com razão em muitas vezes.

Meu irmão, que casou uns meses antes que eu, continua animado como sempre. Pra ele a chatice não chegou. Mas ele deixa muitas vezes em evidência que a minha chegou, mas que não é bem assim. "Você é nova ainda, não pode dizer que está ficando velha", pelo menos é o que ele diz.

Velha? Pra algumas coisas a gente não cresce mesmo. Quando vejo um aparato de colocar no cabelo cheio de fru-fru e me sinto impulsionada a comprar, me sinto uma criança. Mas em momentos de cossegas, me sinto velha.

Esta transição de vida faz loucuras com a minha pessoa. Há 8 meses atrás não me preocupava com a previsão do tempo pra saber se dava pra lavar a roupa e ela iria secar. A preocupação era apenas pra saber se levava a sombrinha ou se sairia de bota ou chinelinho. Há 8 meses atrás preocupação do tipo: O que fazer para o almoço, que carne descongelar, nem passava pela minha cabeça. Nem imaginava o quanto é ruim quando alguém pisa no chão limpinho com o pé sujo e nem com o jeito de guardar as roupas.

Velha e chata, não sei. As mudanças são reais, são virtudes para a maturidade, é a personalidade de mulher que vai se formando. E a de menina sem preocupações que vai se indo embora.

E viva as mulheres! Chatas, ás vezes...

sábado, 13 de fevereiro de 2010

É possível fisgar alguém pela barriga?

Alguns termos usados entre os casados é realmente muito engraçado. E com certeza se você é casado conhece muito bem várias teorias, que sim! Tenho colocado em prática, e não é que funciona.

Tudo referente a comida se torna engraçado, porque ou você fisga seu marido pela comida, ou quem o faz é o restaurante da marmitex. Quando namorava o Herbert minha mãe falava inúmeras vezes sobre o meu problema com comida. Não porque eu fosse fresca pra comer, mas sim pra fazer. Carnes sempre foram algo de horror pra mim. Todo aquele sangue, ossos, aquela textura, nada nunca me agradou.

Quando minha mãe ficou doente há uns 3 anos atrás, eu com uns 21 aninhos tive que me virar nos 30. Porque nem só de miojo viverá o homem. Aprendi a fazer coisinhas básicas. Logo que ela melhorou, perdi o trono da cozinha. Fui jogada pra auxiliar, só cortadora de legumes, temperos, mechedora de panela. Porque a cozinheira chef havia retornado. Como alguns sabem, mamãe sempre foi ótima mestre cuca, suas comidas fazem muito sucesso.

Mas enfim, voltando a minha pessoa. Casei! Sério???

Aí pude desenvolver um lado apagado, escondidinho. E arregacei as mangas e comecei a cozinhar, enfrentando as peles do frango de frente, desossando ele com muita coragem e ousadia. Também as carnes vermelhas com todo aquele sangue e aquele cheirinho "agradabilíssimo". Até o peixe já enfreitei, mas claro, congelado e limpo, porque limpar peixe, nem eu mereço.

Bom, sem internet em casa a gente se apega ao livro de receitas, que ao meu ver é mais pessoal e pode ser tranferível no futuro (se alguém o quiser). Me apeguei ao livro da minha mãe e copiei minhas receitinhas favoritas, fui elaborando perguntas pras cozinheiras de plantão assim que comia um prato e gostava. Muitos eu fiz, alguns ainda não.

O gostoso de casar e cozinhar é a comunhão durante a refeição. Os elogios pra comida mesmo você sabendo que exagerou no sal, ou simplesmente esqueceu de colocar. É o incentivo quando aquele bolo não cresce. Muito legal! E legal mesmo é poder ensinar ele como faz alguns quitutes.

Se eu o fisguei pela barriga? Acho que não. Mas após o casamento confirmou-se outra teoria. Depois que a gente casa, engorda. Engorda mesmo!

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