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segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Sim, o frango!


Que eu sempre tive problema com carne, nunca foi novidade pra quem me conhece. Sempre pensei... estou tocando em alguém morto, um defunto. Mexer com os bichinhos sempre foi algo muito mórbido pra mim, e muito, muito difícil.

Lógico que antes de casar tive que começar a me preparar psicologicamente, e uma amiga minha a Carol me ajudou a ter um experiência inesquecível vendo aquele frango morto e pálido, detalhe: sem cabeça, dançar na minha frente. (É Carol, nunca me esquecerei da tortura que me fez passar).

Mas enfim, sou obrigada a declarar: Depois de quase 3 anos de casada ainda tenho problema com ele: O FRANGO.

Experiências tenebrosas? Tive muitas... E sempre com três grandes salvadores: Mãe, Herbert e a Carol.

Vou citar três delas...

Resolvi fazer coxa e sobrecoxa, pra desfiar e fazer uma torta. A Carol (de novo), minha chef de cozinha, falou - Ah não May, com peito de frango fica muito ressecado, faz com coxa e sobrecoxa - e passou a receita - coloca na panela de pressão X minutos e depois é só desfiar. Claro, como eu não sou dona de casa de deixar pra depois, fui num mercado comprei as coxas e sobrecoxas e fui fazer o experimento. Tuuuudo como ela me ensinou. Quando não foi minha surpresa na hora de desfiar, saiu um jato incessante de sangue em minha direção.Juro que por um momento achei que o frango ainda estava vivo. E gritei (eu sei fazer escândalo), o Herbert veio correndo do escritório. - O que houve amor? e eu - O frango tá jorrando sangue! Claro aumentei um pouco né? Jorrando também não, mas que saiu um jato inesperado de lá de dentro, isso foi. Resumindo a questão, fiz o refogadinho com molho e tudo, mas não tive coragem de comer, e dei pra minha mãe.

Outro dia também resolvi fazer coxa e sobrecoxa assada, no forno coberta com maionese, pra ficar bem crocante - já tinha feito outras vezes e tinha ficado delícia!. Coloquei no forno e deixei elas lá, assando e dourando. Mas claro, meu fogão é um Brastemp e tem uma luzinha no forno, e como sou curiosa sempre vou dar um espiada pra ver como anda o processo. Ao ligar a luz me deparei com uma cena digna de filme de terror. Estava vazando sangue dos ossos do coitado do frango. Nunca tinha visto uma coisa daquela, um negócio pastoso e diga-se de passagem muito nojento estava saindo do miolinho do osso. Eca! Liguei pra minha mãe, e tbm falei com a Carol pela internet. E claro, disseram que é normal. Minha mãe tentou me deixar esperançosa para as próximas vezes - Filha, às vezes não sai esse sangue! hauahuaah Mas não conseguiu. Nunca mais fiz.

A terceira vez e não a menos importante. Comprei um peito sem pele, já faço isso justamente pra ter de evitar em tocá-las. Mas como o povo do supermercado não é bobo nem nada, sempre vem com umas pelanquinhas escondidas.Sinceramente depois dos casos acima, andava comprando só peito em filé, que eles limpam pra mim no açougue, mas no dia em que comprei este peito com osso aí, pra eu mesma fazer filé, só podia estar com vontade de economizar mesmo, pq a coragem sempre me falta de processar o dito do frango. E quando chegou a hora H, encontrei uma surpresinha, um negócio que parecia um canudinho, que segundo o Herbert era a conexão com o pescoço. Credo! Claro, ele teve que tirar aquele negócio de lá pra eu poder continuar.

E agora, preciso do diagnóstico:

- O meu problema com o frango é grave, doutor?

- Não, acho que você só é meio nojentinha!

Huahauahua, é gente, será que é só comigo? Me digam!!!
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